No livro de Daniel, capítulo 12,
versículo 4, o Senhor ordena que o profeta lacre e guarde em segredo as
palavras de uma mensagem expressa em um determinado livro até o fim dos tempos.
Mais adiante, no mesmo capítulo, nos versículos 9 e 10, diz o Senhor: “Vai
Daniel, porque estas palavras estão fechadas e lacradas até o tempo do fim.
Muitos serão purificados, esbranquiçados e refinados, mas os transgressores
procederão iniquamente, e nenhum dos transgressores entenderá, mas os sábios
entenderão.” Fiel às instruções do Senhor Deus, Daniel guardou e os de hoje
prosseguem guardando o segredo recomendado por Deus.
Embora guardar sigilo na Ordem
Maçônica vem desde sua origem, a notícia remonta do período dos apóstolos, por
volta do terceiro ano depois de Cristo quando eles se dirigiram a várias
localidades para pregar o evangelho. Os que foram para a Palestina, ficaram
surpresos com o costume do povo judaico em falar ao ouvido de um bode, um
animal muito presente na cultura do povo judeu daquele período. Os apóstolos de
Cristo, ao buscarem saber as razões que sustentavam aquela postura, os
palestinos davam o silêncio como resposta. Até que um Rabino de uma comunidade,
em atenção à indagação do apóstolo Paulo, respondeu-lhe que tal procedimento
era (e ainda é parte, até hoje em algumas aldeias do território Israelense) de
um cerimonial judaico para expiação de pecados e erros, cujo povo tem o bode
como confidente. Confessar erros e pecados ao um bode, junto ao seu ouvido,
segundo o mencionado ritual, assegura ao pecador de que o segredo de seus
delitos confessados ficam guardados, tendo em vista que bode não fala. O
confessionário na Igreja Católica foi instituído anos depois, cuja instituição
garante ao pecador o voto de silêncio por parte do sacerdote-confessor.
Perseguida pelo governo papal do
Vaticano, por discordar frontalmente das instituições oficiais do seu poderoso
império, com que a Igreja subjugou, humilhou e matou nas fogueiras da
Inquisição milhões de pessoas, muitos maçons foram presos e submetidos aos
inquisidores que a todo custo buscavam arrancarem deles confissões sigilosas de
domínio da Ordem Maçônica, semelhantes as que o Senhor recomendou ao profeta
Daniel fechar e lacrar até o tempo do fim. Um dos inquisidores, Chasmadoiro
Roncalli, um reconhecido perverso dos quadros da Igreja, chegou a desabafar,
com um superior seu: “Senhor, este pessoal maçom parece bode, por mais grave
que eu torne o processo de flagelação a que lhes submeto, não consigo arrancar
de nenhum deles quaisquer palavras.”Remonta desse período a alcunha de bode com
que se faz referência aos cidadãos maçons, em todo o mundo, como aquele que
sabe guardar segredo.
Muitos associam a figura do bode
ao demônio com que buscam acusar a Maçonaria de práticas satânicas, com
argumentações integralmente destituídas da expressão da verdade. Ministros da
Palavra de Deus e fiéis de quaisquer segmentos da Igreja de Cristo têm
compromisso com a verdade, razão por que o próprio Deus recomendou e instruiu a
todos, conforme está expresso nas Escrituras Sagradas do Livro de Êxodo 23:01
“não deves propagar uma notícia inverídica. Não cooperes com o iníquo por te
tornares testemunha que trama violência.”
FONTE:
Autor:
Pedro Borges dos Anjos, é Cristão Evangélico e Mestre Maçom do quadro da Loja
Maçônica Caridade e Segredo, da cidade histórica da Cachoeira, estado da Bahia.
Agradecimentos especiais ao
Irm.’. Jairo Jambeiro M.’.M.’. Campinhas – SP que indicou o texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário